O que é “normal”? E será que isso realmente existe?
Eu pensei muito sobre isso no ano passado — especialmente perto do lançamento de “A Dádiva em Ser Diferente”, o livro que co-escrevi com minha filha mais nova, Abigail. Nosso livro não se tornou possível apesar das diferenças de Abigail, mas por causa delas! Como ensina a Kabbalah, o que parece estar no meio do caminho muitas vezes É o caminho!
Enquanto a ideia de “normal” pode ter suas aplicações válidas, o conceito é basicamente arbitrário e dependente do contexto. De acordo com Merriam-Webster, “normal” (adj.) é definido como “em conformidade com um tipo, padrão ou padrão regular; caracterizado por aquilo que é considerado usual, típico ou rotineiro”.
Medimos altura, peso e gráficos de crescimento por tabelas desde o momento em que os nossos filhos nascem. E, depois, há níveis de classificação, coeficientes de inteligência e testes padronizados para praticamente todas as disciplinas e graduação universitária/pós-graduação.
Mais tarde, definimos “normal” através de médias — seja o rendimento médio, o custo de um lar, o número de filhos ou a idade para a aposentadoria. A lista prossegue. E é fácil colocar nós mesmos, nossos amigos e familiares diante destas normas definidas.
Nós nos perguntamos: meu filho é suficientemente alto? Está lendo na idade certa? Ele é socialmente normal e bem ajustado? E isso não inclui nossas preocupações com nós mesmos! Mesmo um teste de inteligência pode apresentar resultados errôneos se não for aplicado na língua nativa de uma pessoa. E dentro de cada conjunto de medidas, sempre haverá pessoas “normais” cujos resultados são atípicos.
Mesmo no campo da medicina, existe o risco do conceito de normalidade estar errado.
É verdade que, em muitos casos, os conhecidos desvios de um intervalo de padrão predeterminado podem exigir intervenções. Pode ser uma mudança na dieta para controlar a glicemia.
Ou um medicamento para equilibrar os hormônios. No entanto, um fisiculturista e um autoproclamado preguiçoso viciado em fast food e TV podem ter a mesma altura e peso. Nesse caso, os números podem não fornecer uma representação verdadeira da saúde comparativa.
E no que diz respeito à mente, as medidas do suposto “normal” tornam-se ainda menos confiáveis. Nós oscilamos entre o desejo de “nos encaixar” e o anseio de ser único. A indústria da moda sabe disso e lucra infinitamente com esse desejo de se estar em conformidade.. Qual é a cor que está em alta nesta primavera? (Observação: Pantone diz que é magenta!) E não se esqueça dos penteados da vez, comprimentos de saia, formas de calças e assim por diante.
Tudo isso é apenas um pequeno vislumbre de todas as normas sociais mais profundamente arraigadas que devemos seguir. Em última análise, podemos vestir qualquer roupa que quisermos e nos comportarmos como quisermos, mas a perspectiva de sermos aceitos e respeitados pode pesar na balança de nossas decisões.
Essa é a corda bamba na qual caminhamos: a linha tênue entre ser, pensar e se comportar “normalmente” enquanto, ao mesmo tempo, expressamos nossa individualidade. Então, qual é a solução?
É simples: SEJA VOCÊ MESMO! Afinal, como escreveu Oscar Wilde, “todos os outros estão indisponíveis”.
Parte dessa autoaceitação significa abraçar até mesmo as partes menos importantes de nós mesmos. As partes bobas. As partes às vezes desconfortáveis. E até mesmo os nossos aspectos que, às vezes, podem ser desafiadores. Pois assim como cada um de nós tem uma impressão digital única, também temos uma maneira única de pensar, e ISSO é uma dádiva!
Em outras palavras, vamos celebrar o que a ciência chama de nossa neurodiversidade.
Como sugeri anteriormente, muitas pessoas bem sucedidas foram descritas (e muitas vezes autodescritas) com padrão diferente de pensamento. Na verdade – e não é surpresa! – eles geralmente atribuem suas realizações a seu processo único de pensar.
Albert Einstein tinha dislexia. Marie Curie apresentava sintomas de Asperger (no espectro autista). Dan Akroyd sempre foi muito aberto ao declarar como suas experiências no espectro ajudaram a inspirar seu personagem em Ghostbusters (Os Caça-Fantasmas).
E a musicista vencedora do Grammy, Billie Eilish, não tem vergonha de falar sobre sua síndrome de Tourette. Para ela, cantar e se apresentar ajudaram a controlar seus pequenos “tiques”, mas ela acredita que a tornaram mais resiliente e autoconsciente em sua vida.
O Resultado final? “Normal” não significa “melhor”. É um conceito relativo e mutável, muitas vezes dependente da cultura, do ambiente e até da época. Se alguém há cem anos tivesse escrito “RS RS RS” depois de uma passagem em uma carta, teria confundido completamente o leitor. E se eu fosse conviver com uma tribo indígena em algum lugar da Austrália, minha linguagem e hábitos provavelmente pareceriam esquisitos, se não totalmente estranhos.
Portanto, nesta semana, vamos nos concentrar menos em ser “normais” e mais em sermos nós mesmos! Não estou sugerindo que você dê saltinhos em sua próxima reunião de negócios – porque vivemos em uma sociedade com suas condições próprias e regras de aceitação. Ao mesmo tempo, sem causar dor ou sofrimento aos outros, estamos aqui para manifestar a plenitude de nós mesmos e para iluminar o mundo com nossa luz única!
Como Maya Angelou disse uma vez: “Se você está sempre tentando ser ‘normal’, nunca saberá o quão incrível você pode ser!”